Fico
parado no, ou, num pensar.
Este
novo andamento desta cansada canção faz com que ainda rode mais devagar,
desconhecia este mundo. Mundo sem medo ou sentimento, e não esse de te ver partir, há muito que não estás, nem de ti, nem qualquer outra, sinto falta, apenas do ventre que me deu ao mundo tenho saudade.
[e a cama aqui ao lado]
Quero
entrar aí, no teu quarto, teu refúgio, tal vilão que entra pela janela para só
roubar um beijo e depois se desfaz em éter.. Quanto o quero e tenho força! [Força
que se esvai depressa..]
O
medo da repulsa no encostar de teu néctario peito ao meu, ausente, não permite
que desta cadeira saia, invade-me o medo
Volta
o vicio.
Sou
um perturbador do seio, do meu,
do
teu, do vosso, do nosso por demasiado
na
corda da vida.
Pára!!
Desisto.
No
caminho do engano.
Caminho
onde sempre dei demais,
é
um erro repetido, demasiado.
Um
cruzamento sem indicação.
Sigo
em frente.
Sinto
a contagem decrescente
da
decadente montagem de uma
ansiedade
que não é monstro.
É
vermelha e atapeta o céu.
Que
mais nos eleva a não ser senão,
música,
poemas, os ditos desta tão
nossa,
ilusão.
Sentes
a passagem do tempo?!..
Por
ele já não dou, é só uma espera,
atravesso
a vida como se ela
de
mim se ressumasse. Sou
o
lugar-comum tão óbvio como o da
miragem.
Nunca
fui, nego, assim o sinto, ouço-voz.
(Da
que engana:
-
um dia a ligeireza do ser.)
Dentro das paredes trancadas ao lado
me mantenho, quieto, calçado.
Trago meus maus quadros e poemas tortos
por companhia, estão por todo lado,
espelhados
pela saudade, espalhados
para
recordar quem sou.
Há
um sufoco que abisma os anjos (para quem neles quiser querer).
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