Mulher completa de sentimento
complexo.
Marcada por manchas de dor e paz.
Seu corpo tranquilo repousa capaz
De alimentar todo meu ser
Passar as mãos pelo seu rosto,
Deixá-las repousar sobre seus olhos
Pequeno prazer que lhe dou
Alegria imensa me dá, faz-me
Partir contigo para onde nascem
Os sonhos.
-----------------------------------------
Lembro
quando me cruzei contigo.
Naquela
praça lisboeta, de outrora
Acampamento
de revolução
Passagem
de um poeta antigo.
Teu
cabelo lançava chamas toldado
Pelo
vento, mulher, tentação
Apenas
vi um relançe desse momento
E
parei
Não
me reconheces, mais um estranho
Que
quer meter conversa – Olá
Disseste.
Retirei
os oculos de sol, de sempre
Que
sempre trago na cara.
Ah!
És tu – disseste espantada.
E
seguimos caminho em paz
Tu
com a máquina de rolo
Eu
com meus pensamentos
E
a esperança de te ver outra vez.
----------------------------------------
Teu rosto faz de ti
Poema. Como quando cai
A chuva no pleno Outono
Quente dos nossos dias
Como passam impunes, só
Para contrariar o que nos espera
Já chove meu amor.
Correm lágrimas pelas
Primeiras pétalas de Outono.
----------------------------------------
Foi
só isso.
Pouco
mais, fica, a noite
Perdida
em vendavais e tempestades.
---------------------------------------
Não
me importa que me abram a gaiola
Não
quero mais ser pássaro
Quero
ser eu.
Voar
com os pés na terra, o pensamento no
Peito.
Trago
os retalhos do que fui
E
as duvidas que me atormentam
Quero
ser quem ainda o não sou
Nada
perto de ser,
Imperfeito.
----------------------------------------
Feito
está, o que havia a fazer
Agora
vale a espera e não
Desespero.
Poderia
cantar canções de amor
Dedicar
versos à lua e às estrelas
Num
amado cliché de coisas escuras
Que
agora não mais parte fazem
De
meu ser.
Nada
faria, só augruras o traria
Não
peso mais na alma nem dedico
Ao
sol esta canção.
-----------------------------------------
Não.
O
não, mais não, escrevo
não.
Sem comentários:
Enviar um comentário