quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Clichés de poesia.



 
Mulher completa de sentimento complexo.
Marcada por manchas de dor e paz.
Seu corpo tranquilo repousa capaz
De alimentar todo meu ser
Passar as mãos pelo seu rosto,
Deixá-las repousar sobre seus olhos
Pequeno prazer que lhe dou

Alegria imensa me dá, faz-me
Partir contigo para onde nascem

Os sonhos.

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Lembro quando me cruzei contigo.
Naquela praça lisboeta, de outrora
Acampamento de revolução
Passagem de um poeta antigo.
Teu cabelo lançava chamas toldado
Pelo vento, mulher, tentação
Apenas vi um relançe desse momento

E parei

Não me reconheces, mais um estranho
Que quer meter conversa – Olá
Disseste.
Retirei os oculos de sol, de sempre
Que sempre trago na cara.
Ah! És tu – disseste espantada.

E seguimos caminho em paz
Tu com a máquina de rolo
Eu com meus pensamentos
E a esperança de te ver outra vez.

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Teu rosto faz de ti
Poema. Como quando cai
A chuva no pleno Outono
Quente dos nossos dias

Como passam impunes, só
Para contrariar o que nos espera

Já chove meu amor.
Correm lágrimas pelas
Primeiras pétalas de Outono.

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Foi só isso.
Pouco mais, fica, a noite
Perdida em vendavais e tempestades.

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Não me importa que me abram a gaiola
Não quero mais ser pássaro
Quero ser eu.
Voar com os pés na terra, o pensamento no
Peito.

Trago os retalhos do que fui
E as duvidas que me atormentam
Quero ser quem ainda o não sou
Nada perto de ser,
Imperfeito.

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Feito está, o que havia a fazer
Agora vale a espera e não
Desespero.
Poderia cantar canções de amor
Dedicar versos à lua e às estrelas
Num amado cliché de coisas escuras
Que agora não mais parte fazem
De meu ser.
Nada faria, só augruras o traria
Não peso mais na alma nem dedico
Ao sol esta canção.

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Não.
O não, mais não, escrevo
não.

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