quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Estória de um ser [não] tão vulgar em t(i)rês partes, dois de três

Ananalizar!

Sempre tive um trauma com Ana’s, afinal não é nada demais, altura ouve em que foi uma conta carregada de simbolismo, três de uma acentada. Sem tempo para respirar.
Separadas por escassos pedaços de tempo aos quais nem dei importância, ainda hoje guardo cada uma delas no peito e relembro-as com imensa saudade. Guardo sim, longo tempo [agora recheado de novas emoções] passou e sinto o cheiro de cada uma delas como se tivessem á pouco saído de meus lençóis.

Ana a primeira, de seu nome $#&%/&. Pensamento fugaz, pela primeira vez tomei consciência do que era amor [, logo se seguida o repudiei]. O quanto a urgência de conhecer se sobrepõe à razão, puro fogo dos sentidos, naquela altura em que o amor encaixa num plano maior, seu cheiro, um travo de almíscar num corpo jovem, belo, intocado, nunca na vida senti um corpo como o seu.
Trocou-me por outra mulher [, como naquela musica do Manel, lembras-te?!]. A partir desse momento todo o sentimento virou, todo o mundo mudou, mudou para sempre, nunca mais voltei a nutrir tamanho sentimento (nem sei se o quero). Já te procurei mas sei que não queres ser encontrada.

Ana a segunda, se seu nome $%&# (?!) ou seria *ª&//$, (não sei, não me lembro, que vergonha), lembro sim seus longos cabelos em cachos frondosos, como se tivesse saído de um livro do querido Eça, uma anca farta e no olhar uma paz enigmática, talvez até anedótica.
Dois beijos trocados num banco sujo de um autocarro, uma aprovação vinda do inferno foi o que chegou para quebrar o feitiço, longas horas passamos naquele berço, a descobrir que para amar não é necessário amor, basta um qualquer ninho quente, dois corpos suados e que venha a exaustão.
[tantas horas à espera](gostavas de voltar a ver esta)Adorava..

Ana a terceira. #$%& , #$%& era o seu nome. Saudades.
Com ela aprendi. Muito, o cliché deixou de fazer sentido [ainda não sabias o que ainda estava para vir]. Aprendi.
Sentir o calor que emana de entre as pernas de uma mulher muito antes de estar sequer próxima, já muito antes tinha conhecido o que eram os prazeres da carne (e se conheceste..) mas só contigo é que aprendi o que é satisfazer e ser satisfeito, onde parar, onde começar [, se já conhecesse a escumadeira na altura], onde morder, trancar as portas, isolar, lá fora, dar asas à libido, aprender a saborear o néctar que só um par de coxas em êxtase te podem oferecer, entrar, sair [Mãe!]. Como era idílico aquele mundo, descansar em cama de penas, um quadro duro e giz, era o que chegava para acender aquele fogo que vivia dentro de nós, o momento está cada vez mais distante mas ainda sinto o ardor que os tapetes causavam nos nossos corpos, tapetes minutos antes pisados pelos filhos dos nossos melhores amigos.
Como ficavas bela apenas com aquele medalhão.
Espero que estejas feliz, desejo do fundo, agradeço a ti ter acordado para um novo mundo, o nosso [sem (t)i].

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