Um inicio, tem que haver um.
Mas deparo comigo a pensar nisso. Minha mãe igual. Quando já nada chega, escreve, pinta o papel de qualquer maneira, com qualquer assunto (já passou).
Dou por mim embriagado.
O cliché de falar sozinho é uma constante desde o inicio, desde o primeiro pensamento, sair pelos portões de uma escola, sair de uma fantasia para a ilusão e falar, com o vento, a lua, a estrela, o nada, depois, silêncio, terror na entrada do casulo, um terror tremendo [perdeste o medo](para sempre), como é estranho saber o que se faz..
Como foi fantástico romper (!) com tudo, com todos, como se de um enormíssimo cliché adolescente se tratasse (não fales assim), partir, outro mundo, outras pessoas, a procura, descobrir a importância do cheiro, dos perfumes embriagados, do encontro, da desilusão, sonha, recomeça, acaba, envelhece, destroi, renasce [ficamos por aqui, que o molho já escorre].
E agora o que é que faço a isto, deixo que bata, ou saio?! Deixo para alguém a ferida aberta, quebro uma quarta parede e vou à procura da cura [não sais da cadeira](tanta pergunta), respira fundo.
Temática recorrente. Quando se está sozinho e não há nada para fazer (além da masturbação)[calma, acalma] inventa-se, numa tentativa de ignorar as vozes diabólicas dentro da cabeça, ou então [..]. Mãe.
A seguir a este; Só [,] há mais um , vou à rua. O fumante consegue ser eterno e não acalma, perco tabus, livremente falo de um verso sem querer [tu és uma porcalhona, sabes lá o que é um bidé] não está o meu feitio (sabes lá o que isso é, tu nunca lavaste a cona).
A voz sai cada vez menos fluída, cada vez menos perceptível e o corpo deixa rápidamente de responder aos comandos do seu mestre, adeus [sai daqui](vou dormir, podes ficar no sofá) estúpido.
Enrolo-me a ti, teu corpo fugidio está colado no meu, existe uma dança entre as pernas que serenamente acalma, dormir. Paz tão necessária [, que cá não estejas quando acordar], não vás nunca.
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