segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Solidão em Sol menor


Alguém, alguém, alguém!!! Tanto desespero, não mais solidão, este pavor de estar só, de ouvir os outros enquanto nada te diz dada por ninguém. 
Ligo a toda a gente, o telefone toca, nunca ninguém atende, a reacção do outro lado é previsível e fácil de reproduzir. - Este chato outra vez!? Quando é que arranja uma mulher que o ature. Se atendo vai-nos estragar a noite com a sua arrogância e sentido de inoportunidade. Que falhado! - Fui eu que criei isto, agora tenho que viver com isso.

Mas este meu amor pela destruição já não trás alegria, tempo houve que era tudo para mim, os jogos de poder e a superioridade da falsa moral davam-me animo para percorrer tudo isto e muito mais, sem nunca vacilar, sem nunca me sentir cansado, agora já não me restam forças. 
Acordo ansioso, a pensar que este é o dia, o dia em que tudo muda novamente, tanta gente te diz isso, "vive um dia de cada vez", "vais ver que tudo correrá bem", que vivo na agonia da espera desse dia, que não vem. 
Já passou demasiado tempo sobre o tempo de reflectir, de encontrar o tal plano e em alegre consolo remendar tudo ou parte do que está estragado, já não há tempo.

Luto avidamente para não lhe ligar a ela, a causadora de todos os males, de todas as minhas felicidades e desgostos, a quem me fez acreditar no amor apenas no fim, apenas quando me deparei sozinho imerso na loucura da solidão, maldito tema, amada mulher.
Sei que me irá atender, mas o desgosto que carrega no peito é bem maior que o meu, não dará um passo em falso, eu sei, fui eu que lhe ensinei esta forma de ser. Tenho medo.

(continurá)[ficará por aqui]desejo o fim..

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