O que nos fizeste a nós Tejo?!
A luz, energia, brilho iguais
continuam mas não teus habitantes
são estranhos agora, já não há
o claro no Cais das Colunas nem
a língua mãe existe, só pedaços
abandonados em poetas, alcoólicos
e outros tarados (quero-te o corpo).
O sol já se pôs atrás da ponte,
os corpos já seguiram em seu caminho,
as almas ainda não foram acordadas.
Já nada interessa a não ser o teu encontro.
Com o Tejo, o nosso velho Tejo.
Junto ao Cais, perto de Alfama e
sempre no largo da igreja onde
chorámos um dia.
Chamaremos-lhe Amor, quando
nascer.
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