quarta-feira, 29 de junho de 2016



Foi Al Berto que nos viu nascer.
Foi com ele que assim descobrimos.
Foi com essa ânsia de amor proibido.
Foi com ele o meu prazo de validade.
Foi assim que esse nós aconteceu.
Foi assim como de nenhuma outra forma podia.
Foi assim a forma que fomos, somos e seremos.

Amantes proibidos.

Os que não voltam, que nenhum dia novo voltará ao existir.

Foi assim que um dia tudo acabou sem ter nunca começado.

Ainda estou de caminho penso
aterrar amanhã. Não quero
deixar de gostar. Amo a
viagem, a estrada entre
a cidade e o mar – que ficou
longe – enquanto na varanda restava
o silêncio e o ar. Quando acabar
este rumo fecha-se o tempo
que ficou no quarto de porta
aberta. Para que todos soubessem
a loucura que é amar assim.