segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Já o Álvaro o dizia, como é possível tanto cansaço.. este cansaço que amaina a dor e leva para lá de estar, não quero parar de viver, amo a vida como se de nada se tratasse, estou cansado de existir, isso sim. de que valem conversas e conselhos, palavras doces, amargos, vãos, pedidos em escadas sem corrimão e janelas partidas, encaixadas pela vida fora do quadrado de ser. de que vale tudo isso, de que interessa estar aqui se tudo se resume a isto, a estar cansado, farto e dorido de estar em mim. cansado. tanta pergunta, tanto medo e outros bichos mais, quantas lembranças, tanto fogo necessário para que em mim algo novo floresça, pode ser assim, pode ser de outra forma, pode nunca ser pois em mim apenas há este cansaço que o Álvaro conta, aquele cansaço sem fim e que nem as doces tardes de melancolia e jasmim podem amainar.


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