segunda-feira, 31 de março de 2014
sábado, 29 de março de 2014
Deito a cabeça na almofada enquanto espero que venha o sonho, muito tempo passou até que o sonho voltasse a mim. A mente e o corpo cansado das noites trôpegas entre copos de vinho e corpos sem sabor, sempre nesta procura vã de libertar o que está preso no peito que agora quero escrever sobre ela, quero lhe escrever no corpo, quero ficar noites em branco enquanto revelamos nossos sonhos, embrulhados em palavras, abraçados pelos versos dos poetas, com nossos corpos colados e imóveis a contemplar o longo do universo. Ficar estático num beijo, não querer mais sair de lá, entrelaçar minhas pernas nas tuas num leito eterno de amantes, quero ver no fundo dos teus olhos o bem do mundo, quero beijar cada instante do seu corpo como se dependesse a vida no universo daquele momento. Quero ficar até nascer o dia e depois adormecer sabendo que não é mais um sonho.
Mas, mas o medo impera, o meu desejo é tão forte que irei acabar num sufoco, eu nunca estou, passo tempos infinitos nas viagens pelo mundo que quando volto és o ar que me alimenta, a luz que ilumina o caminho escuro que faço e o que trago sempre no pensamento. Quero-te tanto, quero-te mais que própria vida, desabafo de quem já nada tem e apenas um pouco quer. É estranho o mundo e as voltas que este dá, estava longe quando cruzei pela primeira vez o olhar pela tua imagem, algo ali se partiu, foi o gelo que trazia no peito para dar lugar a algo bem maior, um renascer para o sentir, um voltar a viver.
E aqui fico, na esperança que me aceites, que me queiras junto a ti, sou um louco de peito ardente, um poeta sem poesia, um coração aberto à tua procura. Se nunca me aceitares ficarei a saber que conheci tua alma, bela, gentil pela qual agora me enamoro. Se partires ficarei com a solidão, a solidão que me abraça e que me levou até ti.
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