Bêbado ou sóbrio.. O que interessa.. Ninguém me quer..

Serei assim tão obvio?! Enfim..

Pois conheces..

Pensamentos que repito em mim, incessantes e desconexos, sem sequer pensar eu penso, em quanto mais um querer sentir quando o maior desejo é mesmo o não sentir. Penso que troquei a musa por mulher e a mulher por musa, ora vejamos lá.

Enquanto os cabelos forem cobreados, saudade de caracóis loiros, nada passa de uma vaga lembrança de algo que tento que parta devagar pois marcas demais carrega o peito, logo musa nunca será, nem mesmo quando lho rogo (as musas não se encontram, somos encontrados por elas)[nem são para comer]. Talvez, ou quase de certeza que é a aguardente que me faz agir assim, esse tão amado refugio onde me escondo, é ela que me faz pedir um amor para esconder outro, um camuflado de ilusões e pensamentos atrozes de mulheres nuas apenas para contemplar, é ela que me faz correr meia cidade a pensar no desejo que me cobre o corpo, uma musa, já lhe pedi, já mo negou e desisto da conquista, que me conquistem a mim.

Por outro lado vi a mulher naquela que podia ser a musa, embora os olhos verdes me tragam à memória outras traições e amor que deixei fugir depressa de mais e que agora vive em desespero aqui dentro como se fossem espinhos cravados fundo deste meu peito sem sentido, reneguei-a por um conselho talvez demasiado benevolente, que importa que vá doer se é da dor que sobrevivo, que importa que me destrua se apenas aquilo que quero é desconstruir o pensamento e deixar que ele de novo cresça, sem destruição não há criação. Não são as saudades de te ter mulher na cama que me move é um prazer enorme que a busca me dá, são as palavras embriagadas e os gestos que não se controlam, é paz serenada por um tormento de uma tempestade, são breves momentos de lucidez alucinada que fazem que diga e haja assim, é um desejo do corpo mutilado pela saudade e pela doença que assola um peito, esse tão cliché peito, que vontade de o rasgar e morrer em paz, finalmente em paz.

Não te procuro mais, nem ti que podias ser musa mas és mulher e muito menos a ti mulher que podias ser musa. Volto à solidão.

Que estupidez..

Apenas aquilo que sei é que estou Só, não importa a musa falsa ou Mulher, só..

Laços..

Que nos rasguem as bocas..