quinta-feira, 4 de abril de 2013

Que me rebente a veia na cabeça, não 
peço a morte mas sim o descanso.
Estou demasiado cansado então,
de que vale existir sem amar.
Para quem nunca soube o que é o amor
o que foi o pequeno rasgo do feliz
agora é o tormento dos meus dias.

Que tenhas nojo das minhas palavras
o compreendo com carinho. Peno
que nunca saibas que de mim sempre ouve
a preocupação, contigo no meu peito
em teu peito a salvação que sempre houve.

Arranco hoje com as mãos nuas, ensanguentadas,
 as tábuas do banco de jardim
e reabro a porta daquele que foi um quarto azul.

Não para de novo poder-mos entrar
mas para em nós florir um novo amor.
O meu, o teu, o nosso e o vosso.
Que me rebente a veia, para que
de novo, possas viver sem o peso
que fui, o sufoco de um ser desesperado
que apenas quer teu bem, e que sacrifica o seu único,
o seu sentido amor que nunca teve até
aquele banco de jardim, aquele momento 
em que tentei por a minha não no bolso do teu casaco.
O casaco com abas sobre as costas onde adorei por as 
mãos.

Fecho aqui o meu peito, com a porta escancarada.
Nunca mais alguém me segurará na mão.
Não o permito, pois meu amor morreu, dentro
de mim. Para o que espero ser todo sempre.
Desejo de não mais sentir, quanta inveja.
Que me perdoes minha musa, musa dos meus dias,
musa do meu ser que mal sobrevive a cada dia.

E em breve rebenta veia e tudo acaba.

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